Mosteiro dos Jerônimos

O Mosteiro dos Jerônimos ou Mosteiro de Santa Maria de Belém é um mosteiro português da Ordem de São Jerônimo construído no século XVI.

Foi classificado como Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, foi qualificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO, juntamente com a Torre de Belém. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Estreitamente ligado à Casa Real Portuguesa e à epopeia dos Descobrimentos, o Mosteiro dos Jerônimos foi, desde muito cedo, "interiorizado como um dos símbolos da nação". E é realmente lindo!
Foi construído ao longo de dois anos de 1517 à 1518, por João de Castilho e seus oficiais.
O Portal sul é uma das peças mais ricas da arquitetura portuguesa do gótico tardio. A sua estrutura atinge os 32 metros de altura e mais de 12 de largura, apresentando-se como uma verdadeira porta da cristandade de características triunfais. A autoria não pode ser atribuída a um único artista. João de Castilho foi responsável pela concepção global e teve ao seu serviço uma numerosa equipe que chegou a contar 200 pessoas. Entre os nomes mais destacados assinalem-se Diogo de Castilho, André Pilarte, Juan de la Faya ou Machim.

Dos dois, este é o portal mais complexo do ponto de vista iconográfico, conta com um total de quarenta figuras, trinta e oito referentes à História Sagrada, uma à História de Portugal, além das armas nacionais. Na base do portal dispõem-se os doze apóstolos; nos botaréus, os que vaticinaram o nascimento de Cristo (sibilas e profetas); ao centro, a Virgem com o Menino; a coroar o conjunto, quatro Padres ou Doutores da Igreja e, no topo, São Miguel, o Anjo Custódio do Reino. Mais abaixo, em posição central entre as duas portas de entrada, a estátua do Infante D. Henrique, antepassado do rei D. Manuel (laço de parentesco entre D. Manuel e a Casa de Avis). Nos tímpanos figuram duas cenas da vida de S. Jerônimo.
Embora de menor escala do que o Portal Sul, O Portal poente (axial) é a porta principal do Mosteiro dos Jerônimos, ocupando a posição fronteira ao altar-mor. A zona superior do portal é ocupada por três nichos com cenas do nascimento de Cristo: Anunciação, Natividade e Adoração dos Magos. Nas zonas laterais destacam-se, entre representações de santos e figuras do apostolado, as estátuas orantes dos reis fundadores, com suas respetivas insígnias e seus santos patronos: do lado esquerdo D. Manuel I e São Jerônimo; do lado direito, a rainha D. Maria e São João Baptista.

O claustro dos Jerônimos é o primeiro no seu gênero em Portugal, possuindo dois andares abobadados e uma planta quadrada, de cantos cortados, formando um octógono virtual. É considerado uma obra-prima da arquitetura mundial.
O claustro faz uma síntese de gêneros e estilos diversos, refletindo uma interpretação eficaz dos princípios do gótico tardio, do renascimento experimental, de caráter decorativo, e do renascimento maduro ou alto renascimento. Conjugando símbolos religiosos (entre os quais elementos da Paixão de Cristo), régios (escudo régio, esfera armilar, cruz da Ordem Militar de Cristo) e elementos naturalistas (cordas e motivos vegetalistas que coabitam com um imaginário ainda medieval, de animais fantásticos), a riqueza iconográfica dos elementos decorativos é notável. São raros os edifícios europeus desse tempo com uma carga decorativa tão rica e densa de significado. "A celebração do casal régio, [...] a elevação da narrativa bíblica da Paixão de Cristo e a declamação da épica portuguesa [...] são aqui assumidos num discurso único, com diversas combinações", contribuindo para a "projeção mítica de uma missão superior a desempenhar pelo reino português".
Na ala norte do claustro inferior encontra-se o túmulo de Fernando Pessoa (1985), de Lagoa Henriques.


No mosteiro dos Jerônimos encontra-se também o tumulo de Vasco da Gama, desde 1880.

Quer saber mais? Visite o site do Monastério >>http://www.mosteirojeronimos.pt/pt/index.php




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